Em dez anos, o Brasil distribuiu 1,4 bilhão de livros didáticos para escolas públicas, é o que mostra o Anuário da Abrelivros (Associação Brasileira de Livros e Conteúdos Educacionais) que tem como foco o PNLD (Programa Nacional do Livro e do Material Didático).
O Anuário mostra que, só no ano passado, foram distribuídos 136,8 milhões de exemplares de livros escolares, chegando às mãos de 28,9 milhões de estudantes. Para executar o PNLD, política pública baseada no princípio da “Educação para todos” e consolidada desde os anos 90, foi investido R$ 1,172 bilhão em 2021. Assim, o preço médio de cada obra ficou em R$ 8,57.
De acordo com o Anuário, o Sudeste e o Nordeste recebem praticamente a mesma quantidade de livros, com 34% e 33% do total de exemplares, respectivamente. São 46,2 milhões para o Sudeste em 2021, contra 44,7 milhões para as escolas nordestinas.
Um alerta, no caso do Ensino Médio, os números expõem um dos grandes desafios para professores e gestores públicos: quase 25% dos jovens de 15 a 17 anos estão fora da escola. Porém, a porcentagem dos jovens de 19 anos que concluíram essa etapa aumentou, entre 2012 e 2020. Passou de 51,7% para 69,4%.
Já no Ensino Fundamental, os resultados são melhores. O percentual dos jovens de 16 anos que terminaram essa etapa saiu de 68,6% para 82,4% no período, que é semelhante ao retratado pelo Anuário Abrelivros no caso da entrega de 1,4 bilhão de livros didáticos às escolas nos últimos dez anos.
